Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

domingo, 30 de março de 2014

Que fazer?

Por mais que pareça estranho a todos que estão indignados com o resultado do encontro petista de ontem, quando o partido decidiu não lançar candidatura própria e apoiar, já em primeiro turno, o pemedebista Helder Barbalho contra o tucano Simão Jatene, penso que é hora de baixarmos as armas internamente na medida em que a continuação do tiroteio em público, que ora ainda se trava, em nada contribui para o nosso engrandecimento.
Há, nos grupos que detém a hegemonia do partido em âmbito regional, uma crença meio panglossiana que podemos cometer a maior tolice política que isso não terá consequências danosas ao nosso futuro. Foi assim nas duas últimas eleições pra prefeitura da capital e do segundo maior colégio eleitoral do estado, quando o PT encenou uma figuração anêmica que nos transformou paulatinamente em partido nanico em um universo de mais de dois milhões de eleitores. Curioso é que essa tática suicida não propiciou ao beneficiário-PMDB- qualquer crescimento significativo que o fizesse um aliado forte, confiável e decisivo na Região Norte ao nosso projeto nacional.
Ao contrário, cada vez que nos movemos em nome dos mais altos interesses nacionais, quem tira vantagem disso são os tucanos, que até conseguiram eleger o prefeito da capital, algo impensável há uns três, quatro anos até pelo emplumado mais otimista. Muito, diga-se a bem da verdade, em razão da ambiguidade pemedebista, cuja dinâmica pendular permite que sempre tire proveito de qualquer conjuntura política que se nos apresente. A título de ilustração, enquanto a disputa se anuncia bruta enre Helder e Jatene a bancada pemedebista na Câmara Municipal de Belém é a mais numerosa entre todas as que formam abase de sustentação do alcaide tucano Zenaldo JR.
Penso ser esse pragmatismo o veneno que nos mata lentamente. Quanto mais nos afastamos de nossas raízes, mais perdemos a credibilidade junto aos militantes e junto ao conjunto da população. Consequentemente, nossa desimportância política se acentua a cada movimento suicida dessa natureza. Por sinal, na semana passada a presidenta Dilma esteve no Pará lançando ações governamentais fundamentais pra nossa economia, e não vimos qualquer movimentação política do PT no sentido de colocar contra a parede os segmentos que sempre operaram no sentido de tirar proveito do nosso atraso sob o álibi velhaco da discriminação. Enquanto Barbalhão, Barbalhinho, Simão, Zenaldo, entre outros, colocaram suas mídias a serviço da prancha em que esses políticos surfaram, não se viu um petista vir a público e denunciar que os demais deviam ao menos fazer mea culpa pelo tempo que exerceram o poder e nada fizeram pra resolver os gargalos em nossa infraestrutura que ora o PT está resolvendo, e ainda tem o desplante de cobrar celeridade.
Enfim, é hora de baixar armas. Porém, jamais lavar as mãos e omitir-se sob a esfarrapada desculpa de que a é responsabilidade dos pemedebistas a condução da campanha. Caso adote essa postura, estaremos cavando mais um palmo de nossa cova política. Não podemos esquecer que o PMDB é aliado do que há de mais medieval na conflagrada zona rural paraense e que Helder exerceu um papel vil e politiqueiro na Assembléia Legislativa a quando da votação da Mensagem 366, cerrando fileiras entre aqueles que tencionavam transformar recursos oriundos do BNDES, em forma de compensação ao estado pela perda de receita do FPE, em butim rateado entre asseclas.
Se vamos adotar postura resignada e acrítica em relação a essas mazelas, devemos ter a coragem de dizer à militância que isso em nada contribui para fortalecer nosso projeto nacional. Antes, ao contrário, nossa contribuição desgraçadamente é no sentido de nos transformar o mais semelhante possível ao que sempre combatemos e que foi a razão de nossa existência.

5 comentários:

Anônimo disse...

Meu claro idolatrado salve, salve. Pode ter certeza que o PT não faz o senado e ainda vai ver sua bancada estadual diminuir. O pior é que a candidatura do Jatene deve ganhar mais musculatura na RMB (que detesta os barbalhos) e no Nordeste do estado, onde está o maior colégio eleitoral. Quanto as regiões Oeste e Sudeste, com certeza, a abstenção deve beirar os 20%. Esse apoio que o meu PT deu, já no primeiro turno, a família barbalho, vai enterrar de vez uma história. Triste! Triste!

Anônimo disse...

Vai, obedeça mesmo teus capas!!

Anônimo disse...



È lamentável e triste, muito triste o que a direção do PT Estadual está fazendo com seus militantes.Considero uma grande covardia não permitir que lançemos uma candidatura própria. A troco de quê, me pergunto? Será que estes capas pretas não estão vendo o que o pmdb está fazendo à nível nacional? Que eles não são confiáveis? Que interesses escusos estão por trás de tudo isso? Que tenebrosas transações foram feitas para chegarem a esta atitude tão sórdida e covarde diante da valorosa militância? Vai ser o maior fiasco. Me decepciona muito o Paulo Rocha sentar com Jáder e tecer intrigas para satisfazer seu ego. Estou muito triste e decepcionada. Convoco portanto toda nossa valorosa e fiel militância a ANULAR o seu voto, e não mover "uma palha" para apoiar a candidatura do filho do Papi poderoso e da Mami poderosa, que são o que de pior existe como políticos em nosso Estado.

Anônimo disse...

Ao anônimo de 31 de março, 09h50. Meu e de minha família o total apoio a anulação de votos para o governo estadual. Mas antes reforço, quem puder que viaje, para justificar o voto. Anular ou se abster; eis a tomada de posição do Petista que em 34 anos lutou por fortalecer essa história e agora cai de joelhos, por iniciativa de alguns poucos "iluminados", no colo da família barbalho.

Anônimo disse...



É isso mesmo. Vamos ANULAR nossos votos. É a forma da militância mostrar seu desagrado com esta atitude bovina do PT, ou melhor, dos Dirigentes do PT que deixaram sua militância que nem bosta boiando.