Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sábado, 25 de julho de 2015

Diálogo de surdos

Essa história de diálogo entre Lula e FHC mais parece estorinha inventada pelo PIG com clara intenção de exumação, Sim porque, fora da mídia partidarizada, o tucano não tem qualquer inserção social que o faça um interlocutor capaz de contribuir na superação do atual quadro de impasse. Mais grave, seu partido não demonstra qualquer disposição ao diálogo e prega acintosamente a necessidade de que o país viva sob a égide do 'quanto pior, melhor'.

Desmentidos, especulações, fofocas e palpites servem apenas para que o PSDB ratifique sua postura de mais barulhento partido da direita brasileira, nos mesmos moldes em que funcionou a UDN golpista em décadas passadas. E sem um Janio Quadros, aquele que ganhou a eleição pelo partido d'O Corvo, mas renunciou com menos de um ano do exercício do mandato.

Dependente de um fato bizarro que resulte em ruptura institucional, vivem os tucanos do ôba ôba terrorista do cotidiano, felizes da vida com a repercussão midiática de sua irresponsabilidade, e dependentes do rompante de um lunático como Eduardo Cunha.

Nesse quadro, que efeito prático positivo teria um diálogo entre Lula e FHC? Nenhum, respondo eu. O governo projeta o reaquecimento da economia para meados do próximo ano e, com ele, a retomada da popularidade da presidenta Dilma. A reboque, ainda, o definhamento da tática moralista junto com a decadência da caixa de ressonância dessa tática, a mídia, que por mais de dez anos criminaliza seletivamente atores da política nacional, em patética farsa que em nada contribui para melhorar o funcionamento das instituições públicas. Antes, ao contrário, tem servido para embaralhar investigações na perspectiva de pouparem-se notórios gatunos protegidos do noticiário convencional, são exemplares os casos de Eduardo Azeredo, José Roberto Arruda e Demóstenes Torres, este, apenas perdeu o mandato de senador, porém continua exercendo um cargo público relevante, apesar de ficar provado que tinha íntimas ligações com o crime organizado.

Portanto, vivemos uma conjuntura em que não há possibilidade de entendimento. Justamente porque as dificuldades econômicas estão a reboque de uma tática política oportunista que vê o momento como favorável a aventuras. Diante disso, só resta como saída o povo ir às ruas e defender tudo aquilo que até aqui conquistou, desde 1985 até à primeira década deste século, quando milhões de brasileiros pertencentes às legiões dos historicamente excluídos, foram finalmente inseridos no orçamento da União, gerando o contrataque direitista, que fala em corrupção genericamente para não despertar a ira popular, todavia não se conforma com tanto dinheiro "jogado fora" com uma ilusão, como diz hoje um celerado/escrevinhador do vil papelucho Folha de São Paulo, seguramente ávido pela volta dos bons tempos privatas.

  

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