Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Indiciamento político de Lula é preparação para o pós-impeachment


O delegado Marcio Anselmo – que ficou conhecido nacionalmente depois que a repórter Júlia Dualilibi mostrou no Estadão, já em 2014, fazia propaganda pró-Aécio – indiciou o ex-presidente Lula e sua mulher, Marisa, de forma absolutamente original.

Lula é indiciado por ter recebido da OAS obras num apartamento que não é seu nem de qualquer pessoa que, em seu nome, o tenha recebido e ocultando patrimônio para ele.

Pertence à OAS e assim está registrado em cartório.

Ainda que fosse verdade que a OAS pretendesse entregá-lo a Lula, ou que o tenha oferecido pela cota que, até alguns anos atrás, Marisa Letícia tinha no estabelecimento, mesmo assim, não haveria crime: primeiro era preciso que a doação se consumasse, a ele ou a terceiro e que, em troca, houvesse algum ato de favorecimento por parte de Lula ou por sua ordem.

Os resto das acusações – o pagamento da guarda de objetos do acervo presidencial em um depósito, depois da saída da presidência – é tão ridículo que sequer merece comentários.

Os aspectos jurídicos, porém, importam muito pouco.

Significativa é a sinalização que é não apenas a criação de um factóide em meio à decisão sobre o processo de impeachment de Dilma como, também, dos preparativos para a incursão ousada do MP e de Sérgio Moro no pós-impeachment.

Enganam-se os que acham que a República de Curitiba vá serenar após a deposição de Dilma, seu objetivo inicial.

Cresceram outros apetites e a perseguição a Lula será o legitimador do apetite de poder incontrolável que lá se desenvolve.

Porque a destruição de Lula é o objetivo espúrio que reúne Moro, Temer, Gilmar, o PMDB, os tucanos.
(Tijolaço)

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