Rumo ao caos

Descemos ao nível mais baixo de nossa conjuntura política. Um deputado cassado acusado de corrupção pede a cabeça de um ministro do governo que ajudou a montar nas sombras, acusando o indigitado pela mesma prática que o apeou do mandato, dando ideia do nível flibusteiro dos governantes que nos impuseram.

O escritório de advocacia do filho de um ministro do STJ, segunda maior Corte de Justiça do país, é acusado de receber propina de uma empreiteira, supostamente em  troca de sentença a ser dada pelo pai do responsável pelo escritório citado. Anteriormente, o filho de um ministro do Tribunal de Contas da União já havia sido submetido a acusação semelhante, esta abafada pelos próprios investigadores, fato que a convicção seletiva parece constatar.

Enquanto isso, baseado em anti provas a milícia togada segue na busca da concretização de sua missão de tirar Lula do páreo, em 2018, estando, segundo a colunista Tereza Cruvinel, prestes a concluir seu trabalho prendendo, à revelia de provas, repita-se, o ex-presidente e submetendo-o a dois julgamentos sumários, levando-se em conta o ritmo da justiça brasileira, a fim de dar o desfecho dessa farsa, conforme orquestrou o próprio STF ao permitir a prisão de alguém antes do trânsito julgado.

Assim o golpismo tramou e assim estamos próximos da consolidação do apeamento do poder, e sua posterior aniquilação eleitoral, do governo que mais obteve conquistas sociais ao longo de seu desempenho.

O problema é o que está posto no lugar. Esse governo bomba-relógio que o golpismo judiciário/midiático parlamentar implantou caminha célere pra jogar o país na convulsão. E não adianta censurar pesquisa de orgão governamental respeitado como forma de atenuar a revolta porque os impactos daquilo que está sendo implantado, apesar de censurado o estudo que o denuncia, ocorrerá.

Prender Lula por corrupção e chancelar um governo formado por gatunos que veem o Tesouro Nacional como butim a ser pilhado só trará como consequência desassossego e revolta contra essa pilhagem anunciada e isto está cada vez mais nítido no horizonte político.

Quem poderia fazer algo seria o STF, decretando o fim desse governo ilegítimo, bem como limitando os poderes da malsinada república curitibana, uma excrescência jurídica concebida nos porões do golpismo imperialista cujo trabalho tem resultado apenas no empobrecimento galopante do Brasil. Como a nossa Suprema Corte dá de ombros para o seu papel histórico, resta ao povo brasileiro defender sua própria sobrevivência. Lamentavelmente, com os custos conhecidos. Porém, parece que será a única saída.