Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Moro à moda barbosiana


Moro seguirá os mesmos passos de Joaquim Barbosa, este, ao concluir o julgamento da AP 450, submergiu pois sabia que tinha usado indecentemente a mídia para fazer um julgamento acanalhado onde até peças do processo foram retiradas a fim de evitar-se a apresentação de provas que beneficiassem os réus.

Depois, atirou longe a toga enlameada e foi tentar gozar a fama de justiceiro que a mídia vil havia lhe impingido. Durou pouco, até descobrirem que tratava-se de um oportunista, carreirista e altamente sensível a benesses, conforme ficou patenteado no caso da compra de um apartamento em Miami, dando em garantia um bem público.

Moro formou sua convicção, hoje acima das leis, na Pensilvânia vindo de lá pra ser o demiurgo da versão macunaímica da Operação Mãos Limpas.

Foi decisivo na colaboração com a estratégia da oposição golpista e irresponsável, quando paralisou a economia do país ao confundir investigação de malfeitos individuais, princípio fundamental do direito brasileiro, estendendo de forma bizarra suas convicções até contra pessoas jurídicas.

Prendeu quem julgou ser quem não era, decifrou estupidamente iniciais para depois desdizer-se, radicalizou em suas convicções na proporção inversa do respeito à lei transformando-se em um cruel Simão Bacamarte a quem todos deviam temer.

Agora, com a ONU em seus calcanhares e sem perspectiva de erguer o troféu a que se propôs erguer desde o início dessa macabra ópera-bufa, anuncia que fará o mesmo que Joaquim Barbosa: sairá de cena para bem longe a fim de não presenciar a desconstrução racional de sua monstruosidade

Como o original, concluirá seus julgados mais escudado nas infames convicções que em leis. A seguir, irá prestar contas aos mentores. Pior: corremos o risco de ver exacerbar-se o colaboracionismo abjeto até aqui manifestado discretamente contra nossa maior empresa pública.

Assim, Moro sairá da vida pública e entrará na história pela porta dos fundos. Antes, será visto como personagem de filmes de terror de quinta categoria. Daqueles que perdem a noção do ridículo e cansam pelas suas sequências repetitivas, bizarras e violentas. Mas o estrago já terá sido feito.

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