Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Atitude de Moro contra Lula justifica aprovação urgente da criminalização do abuso de autoridade


Procuradores da tal Farsa Jato publicaram nas redes sociais vídeo em que pedem que suas imagens viralizem na internet desancando o projeto ora tramitando no Senado Federal que tipifica e pune o crime de abuso de autoridade.

Pelo visto, a pregação messiânica caiu no vazio, na medida em que não obteve o efeito desejado por esses destrambelhados e autoritários 'intocáveis' curitibanos muito, diga-se, por absoluta falta de credibilidade dos protagonistas do tal vídeo.

E vem exatamente de lá, Curitiba, a justificativa para ignorar o apelo daqueles que se acham acima da lei, ao mesmo tempo em que dá motivos pra apoiar o projeto. A determinação morista pra que Lula compareça as audiências em forem depor as 87 testemunhas em sua defesa no processo é "Um ato estritamente pessoal. De raiva, de prepotência. É uma atitude miúda, rasteira. Incompatível com a missão de juiz. De um "julgador", como Moro se define", como classificou o jornalista Janio de Freitas, em sua coluna na FSP.

Portanto, quando agentes públicos arvoram-se a decretar la lois cest moi, é óbvio que isso constitui abuso de prerrogativas inerentes aos catgos que eventualmente ocupam, devendo essa iniquidade ser punida na forma da lei.

O caso da perseguição a Lula por essa trupe de mauricinhos e patricinhas togados, formada por gente de classe média, traduz bem o ódio de classe que vitima muita gente no dia-a-dia. No entanto, Lula é um líder político, daí a repercussão negativa do preconceito contra um retirante que chegou nesse patamar: o maior líder político do Brasil.

Agora imagine-se os milhões de lulas que vivem a enfrentar os rigores, e até a discricionariedade na aplicação da lei contra si, apenas porque são suspeitos do cometimento de algum delito.

Além disso, a punição ao abuso da autoridade tem toda a pinta de poder contrapor-se ao tal desacato à autoridade, bastante usado por meganhas quando demonstram seu mais violento ânimo repressor, não por coincidência, um cacoete que ganhou força pós golpe de 1964 e perdura até hoje para enlevo do autoritarismo de gente como Sérgio Moro.

Enfim, que o apelo autoritário referido tenha o mesmo destino do apelo colorido feito outrora por um outro dono do mundo, que em boa hora foi apeado do poder. Em ambos os casos só há um destino a dar à tentativa redentorista: a lata de lixo da história. Um já está lá. O outro...

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