Jorge Paz Amorim
- Na Ilharga
- Belém, Pará, Brazil
- Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.
sexta-feira, 16 de junho de 2017
República dos Traíras
Depois que o PSDB declarou publicamente seu apoio ao celerado Michel Temer, passou a ser crença geral que este ficou fortalecido pra tocar o mandato que usurpou vilmente de Dilma Rousseff até 2018.
Não é bem assim. Temer parece ter, de fato, blindagem legislativa suficiente para dormir tranquilo quanto a eventual processo de impeachment, a qualidade dos membros da 'Assembléia de Bandidos' garante essa tranquilidade.
No entanto, além da denúncia ao Poder Legislativo, o Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, também entrará com uma ação penal contra o chefe do Executivo no Supremo Tribunal Federal, conforme prevê o artigo 102, I, b.
Dessa vez, até Gilmar Mendes, porta-voz e operador do governo ilegítimo no Judiciário, pouco poderá fazer porque estará às voltas com sua própria defesa, já que é alvo de pedido de impeachment contra si.
Ora, esse quadro deixa os tucanos em situação privilegiada na medida em que mostrarão seu peso na hora de neutralizar a denúncia contra Temer no Legislativo, mas os fará substitutos naturais após uma possível decisão do Supremo Tribunal Federal contra o pemedebista.
Muita gente acreditou que a desgastante declaração de apoio a Michel, por parte do PSDB, obedecia a lógica da formação de uma frente política capaz de salvar o mandato, a reputação é impossível, de Aécio Neves, coisa que ontem foi dissipada quando detentores de plumagem mais vistosa admitiram publicamente que Aécio pode ser tudo, menos inocente.
Resumo da ópera: tucanos desempenharam magistralmente o papel de abutres, levando MT e sua quadrilha para o deserto do confronto político/jurídico, em situação de total desvantagem.
À míngua, servirão de carniça ao revigoramento dos rapaces privatas. E os que sobrarem ainda terão que aderir à solução emplumada de terminar o serviço que Temer começou, após assaltar o poder legítimo.
Resta saber se os sobreviventes dessa aventura pemedebista sucumbirão resignadamente a esse script, ou farão coro à palavra de ordem da antecipação das eleições de 2018 para outubro deste ano, única forma de neutralizar o ardil golpista da privataria tucana que, sem voto popular, parece que desde o início da empreitada maligna só pensava em trair os comparsas.
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