Toda essa verborragia do tucano Ciro Gomes contra Lula não decorre apenas da tática visando herdar na marra um naco do eleitorado do petista. É fruto da dificuldade do camuflado em plumas em produzir um diagnóstico pertinente a respeito de como funciona internamente o PT.
Depois de enxotado do PSDB pelos emplumados de São Paulo, Ciro foi estudar economia em Harvard e aprimorar uma lábia progressista, mais para combater a privataria tucana do que por convicção.
A máscara caiu quando foi omisso diante do sórdido processo de impeachment. E até mais que omisso: não disse palavra a respeito da calhordice de seu partido, que votou maciçamente a favor do golpe.
Consumado o crime contra a democracia, pensou ser herdeiro natural do espólio lulista. Frustrado, partiu para o que mais sabe fazer: ladrar pra lua, execrando a candidatura Lula com um mote reacionário digno dos generais de 1964, o petista divide o país.
Cada vez mais desprezado à esquerda, Ciro ensaia rasgar a fantasia e mostrar o que realmente é, o anti Lula capaz de enfrentar o petista no debate político em condições mais vantajosas, para o campo conservador, que Alckmin, Bolsonaro, Huck ou qualquer um até aqui apresentado.
Tolice. Embora seja domiciliado e baseado politicamente no Nordeste, não consegue empolgar o eleitorado da região, muito menos agregar apoios de outras forças, enquanto Lula costura uma aliança à esquerda e a reunião com o governador pernambucano explica isso.
Seu último destempero verbal é mais um movimento dentro da areia movediça em que Ciro se encontra. E nesse local, quanto mais se mexe mais quem está nessa situação afunda. Com Ciro não é diferente. Como não tem sensibilidade suficiente pra mudar o rumo de sua prosa, Ciro continua apenas fazendo movimentos que o afundam cada vez mais. Paciência!
Nenhum comentário:
Postar um comentário