Mosquito foi o blogueiro mais incisivo nas denúncias sobre o caso de
estupro envolvendo o filho do dono da poderosa RBS, afiliada da TV
Globo
O blogueiro Amilton Alexandre, o Mosquito, foi encontrado morto em
seu apartamento, em Palhoça, Santa Catarina, na tarde do dia 13 deste mês.
Segundo a polícia, tratou-se de “suicídio por enforcamento”. A rápida
conclusão, porém, não convenceu seus amigos e familiares, que exigem rigorosa apuração do caso.
Com suas “tijoladas” na internet, Mosquito fez inúmeros inimigos. Nos
últimos tempos, ele alertou que estava sendo ameaçado. Na semana
retrasada, ele anunciou o fim da sua página: “O blog Tijoladas acabou para eu continuar vivo. Não é uma capitulação. Não mudei meu modo de pensar. Não mudei minhas convicções”.
Um amigo pessoal de Mosquito, que pediu para ter o seu anonimato por ora preservado, revelou a Pragmatismo Político suas importantes impressões sobre a misteriosa morte do blogueiro. As informações seguem caminho completamente contrário às versões oficiais.
“Quem conheceu Mosquito sabe que não se suicidaria”, disse,
enumerando as diversas razões que indicam a impossibilidade de suicídio.
“Ele era alvo de várias ameaças de morte. Era defensor da
sustentabilidade, modo de vida saudável, andava de bicicleta, trocava
frutas e verduras do quintal com seus vizinhos. Era defensor da
transparência e combatia os poderosos. Era pai de uma adolescente.
Filho querido de uma mãe ainda viva por quem tinha muito carinho. Um
cidadão com esse perfil não se suicida. A porta da sua casa estava
aberta. Sua casa é de esquina, de um lado os fundos, do outro, um
terreno baldio. Foi encontrado com lençol enrolado no pescoço, quem se suicida de forma tão cruel, correndo risco de morte lenta e dolorosa? Sendo morador solitário, não seria mais fácil entupir-se de comprimidos?
Mosquito ganhou fama nacional ao denunciar um caso de estupro
em Florianópolis, envolvendo o filho de um diretor da poderosa RBS,
afiliada da TV Globo. A mídia corporativa abafou o escândalo, só
noticiado pela TV Record.
A morte de Mosquito não pode ser abafada. O que se exige é que o caso, bastante estranho, seja apurado com rigor!
(Pragmatismo Político)
2 comentários:
Caro Jorginho, nesses quase 2 anos da Morte de Mosquito até hj. a tese de suicídio, se mantém.Infelizmente. Ele era um blogueiro militante, vi Paulo Henrique Amorim relata isso pessoalmente, viva com um NET pelas ruas, blogando de qualquer canto. PHA era um dos que ajudava financeiramente Mosquito. Abcs Rui Baiano Santana
Até quando permitiremos isso?
Lamentável a nossa democracia não ser percebida como uma poderosa arma para acabar com as injustiças.
Mudar é necessário. Só não dá para entender por que não mudamos!
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