Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

A firula de Aécio e o oportuno pronunciamento do senador Requião


Enquanto Aécio encenava uma reapresentação "triunfal" entre assessores, repórteres ordenados por seus patrões a cobrir o factoide e alguns deputados da base oposicionista, na sua entrada no Senado Federal; no plenário, Roberto Requião fazia um pronunciamento demolidor contra o conservadorismo que sustou o decreto presidencial que regulamenta a Política Nacional de Participação Social, na Câmara Federal, extensivo à ameaça de o mesmo ocorrer no Senado.

Requião caracterizou a medida da Câmara como mais atrasada que a observada durante o Estado Novo, quando foi criado, e funciona até hoje, o Conselho Federal de Educação; e mais atrasada que os tempos da ditadura empresarial/militar surgida do golpe de 1964, quando foi criado o Conselho de Comunicação Social, portanto, mesmo com todas as críticas que se possa fazer à operacionalização desses conselhos, é inegável que a participação da sociedade na administração pública não se trata de nenhuma invenção de Dilma Rousseff.

O senador paranaense lembrou, ainda, que existem mais de 5 mil conselhos municipais de saúde funcionando nos quatro cantos do país, sem que isso seja chamado de 'Bolivarianismo', sem que seja visto como usurpação das prerrogativas do Poder Legislativo, já que esses conselhos são apenas instâncias consultivas do Poder Executivo, portanto, sem o poder de legislar.

Pena que Aécio tivesse chegado atrasado, em plena 3ª feira, e ainda fazendo firula na entrada daquele Poder, não tendo a oportunidade de assistir o referido pronunciamento, pois, que, assim, poderia apresentar suas contrarrazões de ter adotado posicionamento tão furioso contra o referido decreto. Claro que o presidenciável tucano, derrotado nas eleições de outubro, não precisa se preocupar com possíveis consequências do que foi dito pelo senador Requião por ser quase certo que a mídia conservadora nada dirá a respeito daquilo que foi exposto com raro senso de oportunidade, poupando-lhe da perda de energia que certamente será gasta de forma mais prazerosa posteriormente.  

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