Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Vem aí a nova novela


Ontem(20) o ministro do STF Luís Roberto Barroso declarou, “Estamos no momento em que vamos definir se somos um País preparado para ser uma grande nação, ou se vamos ser uma republiqueta que aceita qualquer solução improvisada para se livrar de um problema”...“Nós temos que nos livrar dos problemas dentro da legalidade, respeitando as instituições, tendo em conta que o timing político é diferente do timing institucional”.

Pragmáticos como só eles, hoje(21), os irmãos Marinho cravam em seu panfletão um editorial cujo título já diz tudo, "Eduardo Cunha não pode mais presidir a Câmara". Entre outras pérolas contidas no descarte, Há um estranha anestesia na sensibilidade do mundo político. Se, em 2005, o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), foi enxotado ao se confirmar que recebia um “mensalinho” de R$ 10 mil de um concessionário de restaurante, a semana começou sob o impacto do noticiário das milionárias contas na Suíça do atual presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), sem que houvesse a mesma indignação de há dez anos.

Ao ouvir os recados do Supremo, primeiro em forma das liminares concedidas pelos ministros Teori Zavascki e Rosa Weber restabelecendo o rito legal em eventual processo de impeachment contra o chefe do Poder Executivo; e depois nas palavras ditas ontem pelo ministro Barroso, os donos da mídia monopolista chegaram à conclusão que com Eduardo Cunha no comando do processo de desestabilização do governo petista não irão a lugar algum.

Pior: correm o risco político, a persistir o atual quadro em que o protagonismo de Cunha tenha longa duração, de ver ir por terra não só a possibilidade de deposição de Dilma, mas ver o governo fortalecido já nas eleições de 2016, por conta da constatação de ser a oposição tudo aquilo de ruim que a mídia tentou esconder.

Nesse sentido, não é só Cunha que deve estar preocupando o Partido da Imprensa Golpista. Certamente que deve estar batendo a descrença de que com essa trupe dos "Moralistas sem Moral" nada poderá ser feito capaz de impedir a continuação da hegemonia petista, cuja força, repita-se, pode ser resgatada já a partir dos últimos acontecimentos e com reflexos bastante significativos nas eleições municipais de 2016.

Restará, então, formar um novo exército sob novas estratégias de combate. Podendo surgir daí o "novo" PMDB, que terá candidatura própria à presidência da República, Serra, se quiser contar com a simpatia global; finalmente a Rede, de Marina da Silva e seu discurso híbrido, que vai de platitudes beatificadoras à teses mais esquerdistas; e logicamente o PSDB de Alckmin contando com o que sobreviver da aventura iniciada em 1994, afinal, não dá pra perder a força do bunker conservador de São Paulo. E eis a "nova" frente anti petista, em breve, na tela da Globo. Será?

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