Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sábado, 20 de maio de 2017

A literatura sórdida, o filme infame e a novelização do banditismo


Enquanto uns delatores juram pela fé da mucura que destruíram as provas, outros afirmam que forneciam apenas extratos bancários das contas que diziam ser de Lula e Dilma, mais ou menos como o tal triplex: era do Lula mas estava no nome da OAS.

Ora vão se catar! Onde já se viu crime em que o acusado é impedido de ter a posse do objeto da prática desses delitos? Só mesmo na república da cloaca, como diz o Paulo Henrique Amorim.

Enquanto se avolumam denúncias contra golpistas, com fartas e contundentes provas, a mídia comparsa dessa bandidagem segue mantendo Lula e Dilma como suspeitos de praticarem crimes de forma terceirizada.

Como se vê, as convicções não são privilégios apenas dos fundamentalistas da masmorra curitibana. Envolve todo a engrenagem que mantém o país à margem da democracia e luta desesperadamente pra imobilizar o PT, maior ameaça de viabilizar a volta do estado democrático que tanto assombra essa elite assaltante.

Desde a AP 470, vivemos sob enredos, arroubos literários, frases de efeito e distantes daquilo que é inerente a um processo judicial: decisões a partir da comprovação ou não da prática de crimes.

Não por acaso, deu-se super poderes a um juiz de 1ª instância a fim de que promovesse uma orgia de processos sumários, que envolveram invasão de hospitais, prisão de uma suspeita que não era a pessoa procurada, sequestro de um dos alvos da investigação, principalmente a participação de um delinquente condenado atuando na detenção de acusados.

Disso tudo não poderia resultar outra coisa: um filme de ficção com uso indecente de um processo ainda inconcluso, realizado criminosamente em espaços públicos restritos, a fim de glorificar heróis de fancaria, sintomaticamente misturados à ficção.

É. A novela da Globo está ficando perigosa demais. Bons tempos aqueles em que um personagem foi inventado para provocar catarsis na população, ao comparar esse personagem ao candidato naquele momento apoiado na emissora.

Diante da perda de público, a ficção sórdida produzida pela emissora invadiu o espaço do noticiário e legou a uma legião de pascácios um enredo que não é mera coincidência com fatos ou personagem. É o mais fétido lixo despejado torrencialmente visando manter soterrada a democracia.

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